As pizzas caseiras têm a vantagem de poderem servir para limpar restos de comida do frigorífico e para serem recheadas a gosto, além de ficarem bastante económicas e serem relativamente rápidas de confeccionar.
As massas de pizza nunca me sairem especialmente bem. Por isso, até agora ainda só publiquei uma única pizza que até ficou bastante mas a massa não ficou exactamente como gostamos. Apesar de ser uma coisa aparentemente simples, ainda não acertámos com a massa.
Desta vez, para a 10ª edição do desafio Dia Um... Na Cozinha em que o mote são as pizzas, aventurei-me numa pizza em que a massa leva chouriço. Deixei a levedar até a massa dobrar de volume e não usei molho de tomate porque a cobertura é de banana, ananás e queijo. Confesso que quando saiu o desafio deste mês, me lembrei logo de fazer uma pizza doce mas a falta de tempo para me dedicar à cozinha ditaram uma pizza com o que havia em casa.
Nem sei o que chamar a esta delícia. Se pudim, triffle (por ter três camadas) ou cheesecake (por levar queijo) e, por isso, optei por lhe chamar delícia de ananás. Que nome lhe dariam?
Cozinha
Não posso esquecer-me
da distância que ia
da mesa redonda
à gaveta dos talheres;
do que a luz da hora do almoço fazia
com o azul-escuro dos armários,
com a barra que já tinha sido branca;
das dedadas nos copos de vidro,
amarelos,
tão pouca a convicção no detergente,
no esfregão,
nas luvas de borracha,
de todas as mulheres que os lavaram;
das gotas que entravam
por dentro das camisolas
e nos gelavam enquanto desciam
os braços esticados para a grade
(onde esquecíamos a loiça
depois da chuva lenta).
Margarida Ferra
in Curso Intensivo de Jardinagem,
&etc, Maio de 2010, Lisboa.
Apesar das atribulações que temos passado aqui por casa, também temos que nos mimar e, por isso, sai um smoothie de ananás de hortelã, receita da Helena no Sabores de Canela. (Isto de ter a cozinha a desmoronar-se quando se tenta ser food blogger é deveras complicado!)
Como havia pouco ananás, aumentei as quantidades de água e de hortelã. Ficou fresco e delicioso, como se quer para os dias quentes que estão para vir.
Depois de ver este bolo de ananás com pedaços, tinha que fazer um semelhante. Folheei o Livro de Pantagruel à procura de uma receita e encontrei a receita nº 3802 que me parecia perfeita para incorporar pedaços de ananás. Achei que o aroma de anis seria o ideal para combinar com ananás. E queria dar uso a outra das formas da Metalúrgica que comprei recentemente.
Como achei, erradamente, que iria ficar um bolo enorme fiz metade da receita. Deixo, no entanto, os ingredientes da receita original com as anotações das minhas alterações. Contudo, acho que cometi um erro ao diminuir as quantidades porque metade de uma colher de sopa seria uma colher de sobremesa e eu usei uma colher chá. Fica a nota, caso pretendam fazer só metade da receita.
Usando a receita do livro Velocidade Colher – Entre Tachos e Bimby do blog No Soup For You (onde se encontram outras tantas receitas deliciosas), fiz uma sobremesa com um ar encantador. Uma das coisas fantásticas deste livro é ter, para cada receita, o modo de preparação na (Thermomix) Bimby e também o método tradicional.
